4.23.2005

até...

Pergunto-me sempre onde.
Perguntas-me até quando.
E eu não sei responder.
E eu não te sei responder.
Até onde der a linha que segura a lucidez,
o pouco de solidez que me afaga os pés
enquanto percorrem o teu trilho,
descalços e ensaguentados,
cansados e mal amados.
Porque hoje é perfeito,
hoje é eterno,
hoje sou eu e eu sou eterno.
E meu amor, por perfeito que sejas,
nunca serás eterno.
Nunca serás eu.
E sendo o amor tal como o construí e
deifiquei não existe quem o satisfaça;
a quem eu possa responder:
- Até sempre, meu amor!

1 Comments:

Blogger Daisy said...

Também eu me tenho às vezes perguntado se mais vale contentarmo-nos com um amor que, por ser real, fica aquém daquele que idealizámos ou, sozinhos, alimentarmo-nos da utopia do amor idealizado… Até hoje não sei a resposta.

3:38 da tarde  

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